Foto: Jéssica Ellen Barbosa - 2011 |
Quinta-feira, 14:48. Enquanto nas grandes metrópoles, pessoas se apertam em edifícios e o ar condicionado equilibra a temperatura para que as mãos ágeis possam escrever e-mails, atender a inúmeras ligações, enquanto máquinas trabalham a todo vapor nas indústrias químicas e automotivas, sempre supervisionadas pelo operário ainda há mãos que percorrem um caminho cansativo, árduo. Uma mão que nunca conheceu o teclado de um computador, que está a sombra de qualquer tecnologia. afinal, para que seu trabalho seja realizado ele não precisa de máquinas inteligentes mas de esforço, de braços e pernas firmes para que consiga suportar sua rotina.
Cal, brocha e latão, são essas as suas ferramentas, são essas as suas tecnologias. Um trabalhador rural que traça sua vida através da única máquina dispónível: seu corpo.
A tecnologia pode ser usada por todos - por todos que podem pagar por ela, por todos que tem oportunidades.
O crescimento tecnológico parece não ter previsto as desigualdades sociais, e enquanto o mundo se transforma através das mídias, existe um mundo paralelo onde não há máquinas ou aparelhos. Neste mundo o que governa é o ser, o ser humano e toda a sua capacidade de mão(nusear).